pra ler quando estiver em pânico.

Edvard Munch - O grito
Tomar decisões não é fácil. Na universidade, no trabalho, na vida. Eu, particularmente, sempre tive problemas com o ponto de interrogação. Faço isso ou faço aquilo? Continuo aqui ou vou pra longe?
Na inocência que a vida me permite, eu julguei que, conforme os anos chegavam e a maturidade também, esse processo se tornaria mais fácil e menos angustiante, mas não foi bem assim.
Eu ainda tenho problemas em enfrentar trade-offs. Mas com o tempo eu percebi formas que me ajudavam a lidar um pouco com isso. Ler e escrever são uma delas. Eu lembro que uma amiga tinha na sua biografia algo do tipo: "me identifico com a escrita alheia, redescubro-me em minha própria." E o tempo me fez ver que isso é verdade: toda vez que eu escrevo e deixo registrado (inclusive aqui!), eu percebo que evolui bastante - principalmente na maturidade dos meus textos, tendo em vista que eu tinha escrito um texto contra a legalização da maconha (!!) - e que tenho muito que evoluir, independente das escolhas que fiz.
Então Lucas de aqui uns anos/meses/dias/horas: não surte! Você deve se orgulhar de suas escolhas, independente daquelas que você tenha feito. Nós erramos? Sim, muito. Mas você sempre alcança os lugares em que eu gostaria de estar, mais importante que isso, com as pessoas que gostaria de estar. Não se esqueça disso.
As vezes eu acho que só continuo com o blog por conta de algum tipo de terapia.

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