ode à fernanda.

Olha, eu não sei nem como começar. É difícil falar pra alguém o quanto essa pessoa é importante, o quanto queremos ela por perto, o quanto sentimos saudade, o quanto queremos voltar no tempo, não pra concertar os erros, mas pra reviver tudo de novo. Reviver. Essa é uma palavra chave. Foram tantas lembranças, tantas aulas da vida - que aliás, é uma ótima professora - e tantas emoções que a gente acaba até ficando zonzo de lembrar. Foi em uma quarta feira que eu te conheci, um pouco antes da Feira do Livro, há um ano atrás. E desde então, a gente sabia o que era de verdade e fomos descobrindo o que era de mentira. Pessoas chegavam, sentavam, tomavam do nosso café e depois iam embora, como se não significassemos nada. E de certa forma, não significavamos. Era apenas eu. Eu e você. Você e eu. Nós.

Foto antiga, mas é a minha preferida.
[Arquivo pessoal]

Eu sinto muito a falta daquelas nossas conversas. Do nosso silêncio inquebrável, que caso alguém ousasse quebrá-lo, corria o risco de levar pena de morte sem direito nem ao menos à uma ligação. Despedir pra que? Tudo o que tinhamos estava alí! Desculpe o palavrão, mas que se foda os bens materiais! Sentimentos, memórias, história e política, levavamos no peito. Nas costas. E por que não nas cicatrizes? Afinal, foi lutando pelos ideias que vivemos juntos. Foi pela amizade, pelo respeito, pela tpm, pelo movimento, pelo manifesto. Foi por mim? Não, mas sim por nós!
Pode ser clichê, mas se encaixa perfeitamente no momento: Eu sei que vou te amar, desesperadamente eu vou te amar!
Obrigado por tudo. Você ajudou a construir meu caráter, a aprender com os erros, a ser forte... E o mais importante, a ser feliz. Eu te amo! Queiroz, Fernanda. Um ano até o fim. (05/2014-Atualização: completamos quatro anos e, Fer, eu ainda te amo muito.) ♥